Na manhã dessa quarta-feira (22), a Secretária de Transportes de São Paulo e a SPTrans apresentaram uma proposta para o reajuste do preço da passagem de ônibus para, no mínimo, R$ 5,10. Atualmente, a passagem custa R$ 4,40. Segundo a SPTrans, o reajuste conta com o objetivo de corrigir a inflação dos dois últimos anos (2020 e 2021). Por mais que proposta já tenha sido apresentada, ela ainda não foi enviada para análise do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que assumiu após o falecimento de Bruno Covas (PSDB), em maio de 2021.
Em nota, a prefeitura de São Paulo afirma que os dados apresentados pela SPTrans e pela Secretária de Transportes durante a reunião extraordinária do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte ainda “serão encaminhados ao gabinete do prefeito“. A partir disso ele “analisará os números em conjunto com as secretarias de Governo e da Fazenda, para posterior tomada de decisão“.
O último reajuste aconteceu em janeiro de 2020, quando a tarifa aumentou 10 centavos. Ela foi de R$ 4,30 para R$ 4,40. Por mais que nenhum ajuste tivesse sido realizado em 2021, nesse ano acabou a gratuidade de tarifa para idosos de 60 a 64 anos.

Como a SPTrans chegou nesse valor?
O aumento proposto pela Secretária de Transportes de São Paulo e pela SPTrans foi calculado a partir da inflação (IPCA). Eles chegaram em R$ 5,08, que foi arredondado pra R$ 5,10. De acordo com a SPTrans, o custo total por passageiro é de R$ 8,71.
Desses quase 9 reais, R$ 7,96 são para operação (frota, mão de obra, combustível e outros) e R$ 0,74 ficam na questão da infraestrutura (terminais de ônibus, manutenção de pontos de ônibus).
Ainda segundo a SPTrans, para cada extras R$ 0,10 na tarifa básica, a receita tarifária aumenta R$ 104 milhões nos primeiros 12 meses. Ou seja, se aprovado, nos primeiros 12 meses a SPTrans calcula um aumento de R$ 728 milhões de receita.
A prefeitura deve decidir até o dia 25 se aumenta ou não o preço da tarifa.