A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, na atualização da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-11), válida a partir de janeiro deste ano.
A CID foi elaborada pela OMS e tem como objetivo identificar e catalogar doenças físicas e mentais, servindo de base para estatísticas de saúde em todo o mundo. As enfermidades são definidas por códigos e nomenclaturas universais, ou seja, podem ser usados em qualquer país.
Uma atualização da CID foi feita pela OMS porque a sua versão anterior, CID-10, foi lançada no início da década de 90 e não compreendia doenças novas, resultantes das mudanças na população, tecnologia e na medicina. A CID-11 busca refletir esses avanços.
OMS inclui a Síndrome de Burnout na CID-11
A Síndrome de Burnout foi reconhecida pela OMS como um fenômeno ocupacional, ou seja, uma doença causada pela exaustão no trabalho, recebendo o código QD85. Agora, é mais fácil para os trabalhadores que sofrem com sintomas de Burnout serem diagnosticados e receberem o devido tratamento.
Na CID-11, a Síndrome de Burnout está na categoria “Problemas associados ao emprego ou desemprego” e sua descrição afirma que “Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.”

Segundo o documento, a Síndrome de Burnout caracteriza-se por três dimensões:
- Sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia;
- Aumento da distância mental do trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo em relação ao trabalho;
- Sensação de ineficácia e falta de realização. Burnout refere-se especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida.