A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta nessa terça-feira (11). Segundo a organização, se as taxas de infecção continuarem as mesmas pelos próximos dois meses, mais da metade da população de todo o continente Europeu vai se infectar com a doença.
Esse prognóstico foi feito a partir de uma estimativa do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington. A estimativa foi a base do alerta feito por Hans Kluge, diretor da seção europeia da OMS, durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira (11).
Kluge disse: “Nesse ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde prevê que mais de 50% da população da região (Europa) será infectada com a Ômicron nas próximas seis a oito semanas“, e continuou: “Os dados coletados nas últimas semanas confirmam que a Ômicron é altamente transmissível, porque suas mutações permitem que ela se ligue mais facilmente às células humanas e pode infectar até mesmo aqueles que foram previamente infectados ou vacinados.”.

O diretor europeu da OMS ainda declarou que 26 países que estão sob suas asas (no total, a OMS europeia é responsável por 53 países – alguns fazem parte da Ásia) afirmaram que 1% da população está sendo infectada pelo vírus toda semana. Esse número é o equivalente a, aproximadamente, 7 milhões de casos de Covid. E isso foi apenas o registro da primeira semana de 2022.
Dos 53 países, apenas três não declararam nenhum caso da nova variante, a Ômicron.
Kluge ainda falou sobre a “escala sem precedentes de transmissão” da nova cepa, e como ela impacta os países, principalmente no que tange o sistema de saúde: “A onda está desafiando os sistemas de saúde e a prestação de serviços em muitos países onde a Ômicron se espalhou rapidamente e ameaça sobrecarregar muitos outros”, afirma Kluge, que, por mais que pontue os pontos negativos dessa nova onda, destaca a eficiência e importância das vacinas: “as vacinas aprovadas continuam a fornecer boa proteção contra doenças graves e morte, inclusive para a Ômicron”