Foi anunciado, na manhã dessa terça-feira (18), que a Microsoft, a gigante da tecnologia, comprou a Activision Blizzard, uma das maiores empresas de games do mundo, responsável por grandes jogos como “Call of Duty”, “Diablo” e “World of Warcraft”. Segundo divulgado pela Microsoft, a aquisão do estúdio de games gira em torno de US$ 68,7 bilhões.
Essa não é a primeira vez que a Microsoft faz uma compra que abala o mundo dos jogos. Em setembro de 2020, a empresa pagou US$ 7,5 bilhões para comprar a ZeniMax Media, empresa que é dona da Bethesda Softworks, responsável por grandes franquias como as séries “The Elder Scrolls” e “Fallout”.

No comunicado em que anunciou a compra da Activision Blizzard, a Microsoft afirmou que a compra teve como objetivo “levar alegria e a comunidade de jogos para todos, através de qualquer dispositivo.”.
“Com três bilhões de pessoas jogando ativamente hoje, e uma nova geração aproveitando a diversão do entretenimento interativo, o setor de jogos é atualmente a maior forma de entretenimento, em amplo crescimento. Hoje, a Microsoft Corp. anuncia os planos de adquirir a Activision Blizzard, líder em desenvolvimento de jogos e publicação de conteúdo interativo. Essa aquisição vai acelerar o crescimento do setor de games da Microsoft, através dos dispositivos móveis, PC, console e nuvem, e vai fornecer as ferramentas para o metaverso. Quando a transação for concluída, a Microsoft se tornará a terceira maior empresa de jogos do mundo em receita, atrás da Tencent e Sony. O plano de aquisição inclui franquias icônicas da Activision Blizzard e King Studios, como Warcraft, Diablo, Overwatch, Call of Duty e Candy Crush, além de atividades globais de eSports pela Major League Gaming“, afirma a empresa americana em parte da nota.
Microsoft compra Activision Blizzard durante fase complicada da empresa
Atualmente a Activision Blizzard vive um momento muito delicado. Desde julho de 2021, a empresa é processada pelo Califórnia (estado americano) por conta de diversas denúncias de discriminação, assédio moral e assédio sexual. Depois que os casos vieram a público, medidas como demissão dos envolvidos e a implementação de um comitê para criação de novas políticas internas.
Segundo reportagem do Wall Street Journal, Bobby Kotick, atual CEO da empresa, já sabia dos casos, mas não agiu. Ele deve seguir no cargo após a fusão com a Microsoft.