Com impasse nas negociações regionais de São Paulo para que PT e PSB estejam juntos na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, dirigentes dos dois partidos cogitam fazer um acordo inusitado para as eleições, segundo o Estadão.
Como o PT exige lançar o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao Governo do Estado de SP e o PSB não pretende abrir mão da candidatura do ex-governador Márcio França para o mesmo cargo, a solução cogitada é que Lula faça campanha com Haddad e Alckmin suba no palanque de França, separamente, caso não haja acordo nacional entre os dois partidos.
A ideia agrada petistas e peessebistas ouvidos pelo Estadão. No PT, ainda há quem defenda que Alckmin se filie a outro partido para ser vice de Lula, como o PV ou o Solidariedade – que já sinalizaram interesse em receber o tucano, apesar de estar em segundo plano nas negociações.
Dirigentes que participam das negociações relataram ao Estadão que na última reunião entre Lula e o PSB na semana passada chegou a ser colocado na mesa um acordo para que em maio de 2022 os partidos façam uma pesquisa qualitativa em SP para saber os resultados de Haddad e França nas eleições para o Governo de SP.
Neste caso, o pior colocado nas pesquisas abriria mão da candidatura.
Mas ainda assim o impasse persiste.
Procurado pelo Estadão, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reafirmou que a candidatura de Márcio França continua de pé.
Se for prejudicial para a esquerda, então tira a do Haddad”, disse.
Lula, a sua vez, participou de um evento com catadores após a reunião com o PSB, onde falou que Haddad ganhará a eleição ao governo de São Paulo – o que foi interpretado como um sinal de que a candidatura é inegociável.