Segundo informações apresentadas pelo gabinete do presidente Jair Bolsonaro (PL), via Lei de Acesso à Informação (LAI) em resposta a um pedido do jornal O Globo, o governo federal já gastou R$2,5 milhões em viagens onde o chefe de Estado faz as chamadas “motociatas”.
Os gastos incluem “passagens, transporte terrestre, diárias e telefonias”. O presidente costuma combinar as “motociatas” com a presença em algum evento oficial na cidade que visita. Procurada pelo O Globo, a Secretaria-Geral, responsável por administrar os pagamentos do cartão corporativo, não respondeu.
Governo federal gastou R$ 2,5 milhões em motociatas de Bolsonaro

Durante uma audiência na Câmera dos Deputados, em agosto deste ano, o ministro Luiz Eduardo, da Secretaria-Geral, declarou que nenhum recurso público é usado nas motociatas. “As motociatas são eventos privados. São pessoas que se mobilizam. O presidente só sobe na motocicleta e vai. Não há recurso público nenhum. Vocês podem verificar”, disse o ministro.
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De acordo com a reportagem do O Globo, das sete viagens feitas por Bolsonaro, as mais caras foram para São Paulo (R$ 486 mil) e Chapecó-SC (R$ 477 mil), ambas realizadas no mês de junho. A de menor custo foi para o Rio de Janeiro, em maio, que custou R$ 237 mil. Na ocasião, além da motociata, o presidente não participou de nenhum evento oficial, fazendo apenas uma “escala” no Rio para Quito, no Equador, onde acompanhou a posse do presidente Guillermo Lasso.
Todos os gastos envolvendo as motociatas realizadas pelo presidente Jair Bolsonaro estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).