Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, nesta quarta-feira (12), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou a compra de 2 milhões de testes rápidos para a covid-19. Esse tipo de testagem possui 98% de efetividade e o resultado sai em apenas quinze minutos.
De acordo com Doria, a medida visa ampliar o monitoramento de casos de coronavírus e diferenciar os dados de covid-19 dos de influenza. Os testes rápidos deverão custar 12 milhões de reais e serão disponibilizados aos municípios paulistas até o próximo mês.
“São Paulo liberou R$ 12 milhões para a aquisição de mais 2 milhões de testes rápidos que estarão disponíveis na rede até fevereiro. Os testes funcionam como uma bússola para diagnóstico rápido e ação efetiva para controle da doença”, declarou Doria.
Segundo apurado pela revista Veja, o Ministério da Saúde já distribuiu 2,5 milhões de testes rápidos, só de novembro para cá. Além disso, dados preliminares mostram que, até o final de dezembro de 2021, cerca de 22,4 milhões de testes foram realizados. O estado de São Paulo é o que mais testa no Brasil.
Além dos testes rápidos, novas medidas de restrições foram anunciadas por Doria
Durante a coletiva, Doria também anunciou novas medidas de restrições para grandes eventos no estado de São Paulo. Conforme o governador, a recomendação é reduzir a 70% o limite de ocupação em estádios e shows, além da exigência do comprovante de vacinação completa.
“Após a constatação de uma alta elevação no número de casos de covid-19 em São Paulo e deliberação dos médicos, o governo decidiu recomendar que organizadores de eventos públicos, principalmente musicais e esportivos, que reforcem medidas preventivas para evitar a disseminação da covid”, disse o governador.
O uso de máscaras também foi prorrogado até o dia 31 de março, em ambientes abertos ou fechados. A importância da vacinação também foi ponto alto da entrevista coletiva. Segundo João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19 de São Paulo, a maior parte das pessoas internadas nos leitos de UTI não foram imunizadas contra a covid-19.
“Estamos enfrentando uma pandemia dos não vacinados, dos que não completaram a vacinação e das crianças não vacinadas. Esses dois grupos são os responsáveis por esse acréscimo que vislumbramos no número de internações e de casos”, afirmou Gabbardo.