O Presidente Jair Bolsonaro vai ficar uma semana fora do ar em seu canal do Youtube por prática de fake news. A decisão ocorreu porque Bolsonaro afirmou, em sua live semanal, que pacientes que já tomaram as duas doses da vacina contra a COVID estão contraindo AIDS na Inglaterra.
A CPI do COVID, que esta semana vota o relatório final, pretende pedir o banimento definitivo do capitão por chefiar a quadrilha que produz e dissemina notícias falsas para dar sustentação política a seu grupo de extrema-direita.
Esta não é a primeira vez em que o capitão que preside o Brasil é sancionado por espalhar notícias falsas. A informação mentirosa já havia gerado bloqueio semelhante do Facebook, que excluiu a publicação do perfil de Bolsonaro.
Em julho passado, ele teve 33 vídeos em que propalava o uso de remédios sem eficácia contra a COVID removidos de seu canal no Youtube. Logo depois, Bolsonaro foi sancionado por investir contra o uso de máscaras.
A plataforma explicou que a medida punitiva foi adotada porque o Presidente “violou as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas”
O Youtube informou que suas diretrizes “estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou de sua opinião política”.
Se persistir na prática de mentir sobre medidas farmacológicas ou não farmacológicas relativas ao controle ou suposta cura da COVID, Bolsonaro poderá ter o mesmo destino de seu guru Donald Trump. O ex-presidente dos EUA foi banido do espaço virtual e hoje tenta fundar a sua própria rede social de extrema-direita..
Com o degredo eletrônico, Trump viu cair drasticamente menções a ele no Facebook, Twitter, Instagram e Youtube, que foram reduzidas em mais de 90%.
Para que isto ocorra com o Presidente brasileiro, ele terá que violar as regras do Youtube mais duas vezes em um espaço de 90 dias. Caso reincida, a próxima punição será a suspensão por duas semanas.
A CPI da COVID aponta Bolsonaro como chefe da milícia digital que produz notícias falsas para das sustentabilidade política ao movimento neofascista liderado por ele.