Caminhoneiros de, pelo menos seis estados, em sua grande maioria do sudeste anunciaram no fim da noite de ontem (20) uma greve com início imediato: ela entrou em vigor à meia noite dessa quinta-feira (21). Os trabalhadores e transportadoras que pararam são, em sua maioria, transportadores de combustível. Segundo eles, a paralisação tem como objetivo demandar a diminuição do preço da gasolina, do diesel, do gás de cozinha e outros derivados do petróleo.
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A expectativa é que a paralisação aconteça em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Bahia. Além do Rio de Janeiro, epicentro da greve. Os protestos no Rio de Janeiro devem se focar na base de Campo de Elísios, onde 1500 caminhões tanque, de 300 companhias, devem ficar estacionados na garagem das empresas.

Entenda a paralisação
Ao site Poder360, Ailton Gomes, presidente da Associtanque (Associação das Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Rio de Janeiro), disse que essa deve ser a primeira de várias manifestações: “Essa paralisação vai ser o estopim dos protestos contra os reajustes dos preços dos combustíveis. Ninguém suporta mais”, disse Gomes ao Poder 360. “As empresas estão com acumulando prejuízos e falindo, e os preços dos alimentos continuam aumentando por causa do encarecimento do transporte”.
Segundo Gomes, o setor quer a diminuição do preço dos derivados de petróleo a partir da diminuição do ICMS e PIS/Cofins sob os combustíveis. “Os governos federal e estadual jogam um para o outro a responsabilidade pelos preços altos. Quero saber quem vai resolver o problema”, acrescentou o líder da paralisação.
Essa paralisação antecipa a greve marcada pela Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), representante dos caminhoneiros autônomos, que está marcada para o dia 1° de novembro. Wallace Landin, presidente da Abrava, afirmou ao Poder360, que foi pego de surpresa: “Se está ruim para os empresários, imagina para nós”. A greve marcada para novembro tem como principal pauta a revisão da política de preços da Petrobras, o famoso PPI.